terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

COMO VIVER BEM O TEMPO QUARESMAL.






Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.” (2 Cor 6, 1-2).

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.

Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, ”voltamos ao pó” que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: “És pó, e ao pó tu hás de tornar”. (Gênesis 2, 19)

Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas humildemente nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc.

Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola (“remédios contra o pecado”). É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos Santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.

Na Oração da Missa de Cinzas a Igreja reza: “ Concedei-nos ó Deus todo poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma para que a penitência nos fortaleça contra o espírito do Mal.”

Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.

Quaresma é um tempo de “rever a vida” e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: “Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca”.

Embora este seja um tempo de oração e penitência mais profundas, não deve ser um tempo de tristeza, ao contrário, pois a alma fica mais leve e feliz. O prazer é satisfação do corpo, mas a alegria é a satisfação da alma.

Santo Agostinho dizia que “o pecador não suporta nem a si mesmo”, e que “os teus pecados são a tua tristeza; deixa que a santidade seja a tua alegria”. A verdadeira alegria brota no bojo da virtude, da graça; então, a Quaresma nos traz um tempo de paz, alegria e felicidade, porque chegamos mais perto de Deus.

Para isso podemos fazer uma Confissão bem feita; o meio mais eficaz para se livrar do pecado. Jesus instituiu a Confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: “a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados”. Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.

Jesus quis que nos confessemos com o Sacerdote da Igreja, seu ministro, porque ele também é fraco e humano, e pode nos compreender, orientar e perdoar pela autoridade de Deus. Especialmente aqueles que há muito não se confessam, têm na Quaresma uma graça especial de Deus para se aproximar do Confessor e entregar a Cristo nele representado, as suas misérias.

Uma prática muito salutar que a Igreja nos recomenda durante a Quaresma, uma vez por semana, é fazer o exercício da Via Sacra, na igreja, recordando e meditando a Paixão de Cristo e todo o seu sofrimento para nos salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros.

Não podemos esquecer também que a Santa Missa é a prática de piedade mais importante da fé católica, e que dela devemos participar, se possível, todos os dias da Quaresma. Na Missa estamos diante do Calvário, o mesmo e único Calvário. Sim, não é a repetição do Calvário, nem apenas a sua “lembrança”, mas a sua “presentificação”; é a atualização do Sacrifício único de Jesus. A Igreja nos lembra que todas as vezes que participamos bem da Missa, “torna-se presente a nossa redenção”.

Assim podemos viver bem a Quaresma e participar bem da Páscoa do Senhor, enriquecendo a nossa alma com as suas graças extraordinárias; podendo ser melhor e viver melhor.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

AMIGOS PROJETO DE DEUS PARA CURAR NOSSO CORAÇÃO.
















Os tipos de amizades e de amigos
Amigo ÍMÃ
carrega você para todos os passeios...

Amigo IRMÃO
Muitas vezes você acha que ele é até melhor que seu próprio irmão...

Amigo PARCEIRO
Sempre pronto para o que der e vier.

Amigo "VIAGEM NA MAIONESE"
Embarca junto com você em seus sonhos mais mirabolantes.

Amigo BARULHO
Quando sai, deixa um silêncio incrível...

Amigo BANQUEIRO
Sempre ajuda você na$ hora$ mai$ difícei$

Amigo POPULAR
Você tem que entrar na lista de espera para falar com ele

Amigo PROTETOR
Defende você em situações difíceis.

Amigo ESOTÉRICO
acredita que existe 'uma razão' para tudo.

Amigo OTIMISTA
Esse tem a solução para tudo.

Amigo CONSELHEIRO
Vive lhe dando conselhos, mesmo que você não peça.

Amigo ANTIGO
Para ser preservado.

Amigo NOVO
Para ser conquistado.

Amigo SÁBIO
sabe quando falar e quando calar.

Amigo EXPERIENTE
Sempre sabe como fazer as coisas.

Amigo ANUAL
Você encontra uma vez por ano, e nota que o tempo não acabou com o sentimento de amizade...

Amigo MÃE
Sempre pronto a dar um colinho.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

NInguem pode dizer jesus é o senhor se não for no espirito santo





Ninguém pode dizer : ‘Jesus é o Senhor’ a não ser no Espírito Santo (I Cor 12,3). Crer no Espírito Santo é, pois professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, que procede do Pai e do Filho, " e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado". O Espírito está em ação com o Pai e o Filho do início até a consumação do Projeto da nossa salvação.

Vejamos algumas afirmações porque o Espírito Santo não é uma criatura, mas Deus:

- O Espírito Santo é o Senhor, como podemos ler em Jo 4,24 O Espírito é Deus, e é confirmado por S. Paulo : O Senhor é o Espírito (2 Cor 3,17), que acrescentou logo em conclusão : Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Por isso, o Espírito nos faz amar a Deus e liberta-nos do amor ao mundo.

- O Espírito Santo nos une a Deus por amor, porque Ele é o amor de Deus, e, consequentemente, nos vivifica (Jo 6,64).

- O Espírito Santo tem a mesma natureza que o Pai e o Filho :como o Filho é o Verbo do Pai, assim também o Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho. Vê-se daí que o Espírito Santo não é criatura.

- O Espírito Santo é igual a Deus, porque os santos profetas falaram por Deus. Ora, é evidente que se o Espírito Santo não fosse Deus, não teria dito os profetas falaram por Ele, assim fala o Profeta Isaías : O Senhor meu Deus e seu Espírito me enviaram (Is 48,16).

A Missão conjunta do Filho e do Espírito.

Quando o Pai envia seu Verbo, envia o seu sopro : missão conjunta em que o Filho e o Espírito Santo são distintos, mas inseparáveis.

Jesus é Cristo, "ungido", porque o Espírito é a unção dele e tudo o que advém a partir da Encarnação decorre desta plenitude (Jo 3,34). Jesus anuncia que enviará o "outro Paráclito" (Jo 14,16) e no momento da sua glorificação e junto ao Pai, pode enviar o Espírito Santo aos que crêem nele e comunica-lhes a sua glória (Jo 17,22). A missão conjunta se desdobrará então nos filhos adotados pelo Pai no Corpo de seu Filho : a missão do Espírito de adoção será uni-los a Cristo e fazê-los viver nele.

Os frutos que provém do Espírito Santo para nós

- Ele nos purifica do pecado (Sb 11,25; Sl. 103,30).

- Ele ilumina a nossa inteligência (Jo 14,25; I Jo 2,27)

- O Espírito Santo nos ensina a observar os mandamentos (Jo 24,23; Ez 36,26).

- Ele confirmará em nós a esperança da vida eterna, já que o Espírito Santo é o penhor da herança (Ef 1,14; Gal 4,6)

- O Espírito Santo nos aconselha em nossas dúvidas e nos ensina qual seja a vontade de Deus (Ap 2,7; Is 50,4).

Denominações do Espírito Santo:

- Espírito da promessa (Gl 3,14; Ef 1,13)

- Espírito de adoção (Rm 8,15; Gl 4,6)

- Espírito de Cristo (Rm 8,11)

- Espírito do Senhor (2 Cor 3,17)

- Espírito de Deus (Rm 8,9.14); 15,19; I Cor 6,11; 7,40)

- Espírito de glória (I Pd 4,14)

Símbolos do Espírito Santo:

- água : significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, depois da invocação da presença do Espírito ela se torna um sinal sacramental (I Cor 12,13).

- a unção : o simbolismo da unção com óleo também é significativo do Espírito Santo. Na inicial cristã ela é o sinal sacramental da confirmação

- o fogo : enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo (Eclo 48,1)

- a nuvem e a luz : são símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo

- com Maria no nascimento de Jesus (Lc 1,35) - sombra, poder do Alto

- na Transfiguração (Mt 9,2-9) - nuvem

- Na ascensão (At 1,9) - nuvem

- o selo: Por indicar o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do batismo, da confirmação e da ordem, a imagem do selo tem sido utilizada para exprimir o "caráter" indestrutível impresso por estes três sacramentos que não podem ser reiterados (Jo 6,27; Ef 1,13)

- a mão : é impondo as mãos que Jesus cura os doentes (Mc 6,5) e abençoa as criancinhas (Mc 10,16).

- o dedo : " É pelo dedo de Deus que (Jesus) expulsa os demônios" (Lc 11,20). O hino "Veni Creator Spiritus (Vem, Espírito Santo) invoca o Espírito Santo como "dedo da direita paterna".

- a pomba: quando Cristo volta a subir da água do seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e permanece (Mt 3,16).

O espírito Santo e a Igreja nos últimos tempos.

No dia de Pentecostes, a páscoa de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo que é manifestado. Neste dia também é revelada plenamente a Santíssima Trindade. A partir deste, o Reino anunciado por Cristo está aberto aos que crêem nele; na humildade da carne e na fé, eles participam já da Comunhão da Santíssima Trindade.

Pela vinda do Espírito Santo que não cessa de se renovar na Igreja e no mundo, o Espírito faz com que entrem nos "últimos tempos" , o tempo da Igreja, o Reino já recebido em herança, mas ainda não consumado (At 2,36).

O Espírito Santo que Cristo, a Cabeça, derrama nos seus membros, constrói, anima e santifica a Igreja. Ela é o sacramento da Comunhão da Santíssima Trindade e dos homens.